Trinta e oito anos volvidos sobre a
Revolução dos Cravos quero, em nome do Partido Social Democrata começar por
saudar todos quantos tornaram possível a queda de um regime ditatorial de mais
de 40 anos.Saudar, desde logo os Capitães de
Abril, que souberam interpretar a vontade de todo um Povo e permitir que
LIBERDADE fosse a palavra mais gritada e cantada nesse dia.
Mas saudar também todos os que pela
sua luta, pelo seu sacrifício, pelo seu exemplo, criaram as condições para que
o Movimento das Forças Armadas cumprisse a sua missão. Nestes saúdo com
reverência os meus companheiros Olívio França, Artur Santos Silva, Emídio
Guerreiro, Silva Marques, Mário Montalvão Machado, José Augusto Seabra e tantos
outros, e estendo esta saudação a gente de todos os partidos e quadrantes
políticos que se sujeitou à mais terrível das privações, a privação da
Liberdade, na luta pelo fim da ditadura e pela instauração de um regime democrático
em Portugal.
Saudar ainda aqueles que, tendo
escolhido outra via para o combate à ditadura absurda e injusta, foram também
peças essenciais do combate ao regime fascista. Homens como Francisco Sá
Carneiro, Francisco Pinto Balsemão, João Bosco Mota Amaral, José Magalhães
Mota, Miler Guerra ou Pinto Leite.
38 anos depois dessa alvorada
libertadora é justo dizer que valeu a pena, mas importa também, em nome da
verdade, dizer que ainda há partes do 25 de Abril por concretizar. Aqui, na
nossa Terra, em Matosinhos, continua por se fazer justiça social para todos.
Ainda há 10% de analfabetismo, e a Câmara Municipal parece não querer saber.
Ainda há muita pobreza e a nossa Autarquia parece não considerar prioritário o
apoio e auxílio a essa pessoas. Ainda há jovens sem futuro e cidadãos sem
presente, e a Câmara parece assobiar para o lado.
Estou aqui, com muito orgulho, para em
nome do PSD dizer que não descansaremos enquanto não formos, todos, capazes de
levar a bom porto a vontade de Justiça Social, de Igualdade de Oportunidades,
de Liberdade e de Democracia. Combater a corrupção é essencial. Tornar a vida
política e a gestão da coisa pública, especialmente ao nível municipal,
transparente e realmente fiscalizável é obrigação colectiva que dia a dia se torna
imprescindível em Matosinhos
A Democracia, como a Justiça Social e
a Igualdade Social não se apregoam. Praticam-se. E nesta matéria ainda há muito
caminho a percorrer no nosso Concelho. A LIBERDADE essa, tem de ser usufruída,
e é hoje posta em causa sob muitos aspectos, em Matosinhos: quem depende de
poderes públicos que não hesitam em pressionar e tentar silenciar quem deles
ousa discordar, não é verdadeiramente livre.
É para todos esses, para todos os
Matosinhense que, em nome do meu Partido quero aqui deixar o compromisso
colectivo dos sociais-democratas de Matosinhos que não desistiremos de lutar
por um Concelho mais LIVRE, mais JUSTO, mais EQUITATIVO. Que não baixaremos os
braços na luta por um Concelho mais desenvolvido, mais harmoniosamente desenvolvido,
ambientalmente mais responsável, preocupado em garantir níveis de Segurança e
de BEM-ESTAR que hoje não temos.
Porque é nessa luta permanente por uma
MUDANÇA em Matosinhos que se constrói, também Abril.
Matosinhos precisa de MUDAR. E nós vamos
MUDAR Matosinhos.
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